Se você cresceu nos fliperamas dos anos 90, com certeza já gastou fichas (e calos nos dedos) em Final Fight, o clássico beat ‘em up da Capcom. O jogo foi um estouro no Super Nintendo, mas… e no Mega Drive?
Pois é aí que entra Mauro Xavier, que em 2024 resolveu corrigir uma das grandes ausências da biblioteca do 16-bits da SEGA: o Final Fight. E não se trata de uma simples adaptação. O Mauro está reescrevendo o jogo do zero, recriando fases, sprites, trilha sonora e mecânicas, tudo para que o jogo rode fiel ao original — e melhor: com melhorias pensadas especialmente para o Mega.
O trabalho está sendo feito com esmero: suporte a dois jogadores (algo que nem a versão de SNES teve de cara), fidelidade gráfica ajustada ao VDP do Mega Drive, efeitos sonoros cuidadosamente convertidos e até menus em português.
E sabe o melhor? Ele está documentando tudo com transparência e carinho nos seus perfis. É o tipo de projeto que emociona quem viveu aquela era e também ensina quem está começando agora a explorar o universo do desenvolvimento retrô.
Um trabalho de amor e técnica
O que mais impressiona no Mauro é a dedicação técnica. Em seus vídeos, lives e fóruns, ele explica tudo: desde os desafios de programar para processadores antigos até as artimanhas de compressão gráfica usadas nos anos 90. Tudo com um bom humor, aquele jeitinho brasileiro e uma paixão visível por tudo o que faz.
Ele é também um grande educador informal: muita gente começou a se interessar por desenvolvimento retrô vendo seus conteúdos, lendo suas dicas e entrando nos projetos abertos que ele compartilha com a comunidade.
Mauro Xavier: o brasileiro que está reprogramando o passado dos videogames
Em um mundo onde o brilho das novas gerações de consoles às vezes ofusca as raízes da nossa paixão gamer, alguns nomes surgem como verdadeiros guardiões da memória eletrônica. Um deles atende por Mauro Xavier, figura já querida e respeitada entre os fãs de consoles retrô — especialmente quem cresceu com um Mega Drive, Master System ou Super Nintendo na sala de casa.
Mas quem é Mauro Xavier, afinal? E por que seu nome tem sido tão celebrado nos bastidores da cena retrô nacional?
O desenvolvedor que faz o impossível acontecer
Mauro Xavier é um verdadeiro retro developer. Mas mais do que isso: ele é um artesão do código, que dedica seu tempo a criar, portar e adaptar jogos para consoles clássicos que muitos já consideravam aposentados. E não estamos falando de emuladores ou versões genéricas em HTML5. Estamos falando de jogos rodando nos consoles originais, direto do cartucho, com direito a limitações de hardware e tudo o que fazia parte da experiência na época.
Seu trabalho mistura nostalgia com tecnologia em um nível que poucos conseguem alcançar. Ele já criou homebrews, versões não oficiais de jogos que nunca chegaram a sair em certas plataformas, e até remakes impressionantes para sistemas que mal tinham memória suficiente para rodar o básico.
Outros projetos que marcaram
Além do novo Final Fight, Mauro já se destacou por:
- Portes de jogos famosos para Mega Drive e Master System, incluindo games que nunca tinham aparecido oficialmente nesses consoles.
- Criações originais, com mecânicas pensadas para os limites técnicos dos sistemas.
- Traduções e adaptações de títulos clássicos, muitas vezes com menus e textos em português, algo raro na época.
Por que isso importa?
Num tempo em que tudo é digital, instantâneo e atualizado constantemente, o trabalho de Mauro Xavier é quase um ato de resistência cultural. Ele mostra que os consoles antigos ainda têm vida, que há espaço para inovação mesmo dentro das suas limitações, e que preservar esse legado não é só olhar pro passado — é celebrar quem somos enquanto jogadores.
Ele também fortalece a cena homebrew brasileira, que é vibrante, criativa e cheia de talentos muitas vezes ignorados pelo mainstream.
Quer conhecer mais?
Você pode encontrar os projetos do Mauro Xavier nas redes sociais, em fóruns como o SMS Power, e nos seus próprios canais no YouTube e Twitter/X. Se você curte mexer com retro hardware, programar, ou só quer ver aquele Cody dando porrada no Mega Drive como deveria, vale demais acompanhar o trabalho dele.
Caso ainda queira, você ainda pode ajudar os projetos do Mauro no Patreon (através desse link)
