Se você gosta de histórias que misturam tecnologia, jogos clássicos e personagens que mudaram o mundo, prepare-se: a Atari acaba de trazer de volta um dos títulos mais emblemáticos da sua história — Breakout. E olha só: esse jogo tem ligação direta com ninguém menos que Steve Jobs e seu parceiro de longa data, Steve Wozniak, os fundadores da Apple. Agora, em 2025, o game retorna em uma versão chamada Breakout Beyond, repaginada para o PlayStation 5 e outras plataformas modernas.
A origem de Breakout: quando Jobs ainda não era o “Jobs”

Voltemos a 1976. A Atari, já famosa por Pong, queria expandir suas ideias de jogos de fliperama. Foi aí que o fundador Nolan Bushnell pediu a um jovem funcionário chamado Steve Jobs para desenvolver um novo game que fosse uma evolução do Pong. Jobs, que na época ainda buscava seu lugar no mundo da tecnologia, levou a proposta para o amigo brilhante em eletrônica, Steve Wozniak.

Wozniak conseguiu criar uma versão extremamente compacta do circuito, usando bem menos chips do que os engenheiros da Atari achavam possível. Isso foi considerado quase um milagre técnico na época. Jobs apresentou o projeto, a Atari adorou, mas existe uma história curiosa: Jobs recebeu um bônus financeiro por cada chip economizado, e só anos depois Wozniak descobriu que não tinha recebido sua parte desse acordo. Quando perguntado, Woz declarou: “Eu teria feito por nada. Eu só gostava de resolver problemas e criar coisas inteligentes”.
Assim nasceu Breakout, um clássico dos fliperamas que colocou os jogadores para rebater uma bolinha e destruir blocos coloridos. Simples na ideia, viciante na prática.
Como era jogar Breakout nos anos 70
Imagine a cena: uma máquina de fliperama com controles simples e uma tela cheia de blocos. O objetivo? Rebater a bolinha sem deixá-la cair, quebrando todos os tijolos da tela. A simplicidade era o charme. Para muitos, Breakout foi o primeiro jogo que trouxe aquela sensação de “só mais uma partida” — característica que até hoje define os títulos viciantes.

Jogadores da época lembram do jogo como algo inovador, que pedia reflexo, paciência e coordenação. Não tinha gráficos elaborados, mas tinha carisma e um desafio crescente que grudava a galera nas máquinas de arcade.
E hoje: o renascimento com Breakout Beyond
Agora, quase 50 anos depois, a Atari resolveu trazer o clássico de volta. Breakout Beyond chega ao PlayStation 5, além de outras plataformas, como Xbox Series, Nintendo Switch e PC. O game traz gráficos modernos, trilha sonora dinâmica e novos modos, incluindo coop local e até desafios infinitos com placar online.

Mas o objetivo da Atari não é apenas “vender nostalgia”. A ideia é conectar gerações: mostrar para os jogadores mais jovens como um título simples pode ser incrivelmente viciante, e ao mesmo tempo resgatar memórias nos veteranos que viveram a febre dos fliperamas.
O público-alvo é duplo:
- Os nostálgicos, que já jogaram Breakout no arcade ou nas primeiras versões de consoles;
- Os novos gamers, que buscam experiências diferentes das superproduções cinematográficas e querem conhecer as raízes da cultura gamer.
Opinião sobre o novo jogo
Testado nas primeiras demos de Breakout Beyond, podemos ver que a jogabilidade continua simples, mas ganhou um ritmo mais frenético. Os gráficos coloridos e os efeitos sonoros que se intensificam conforme os combos acontecem foram muito elogiados. Há também quem destaque o modo cooperativo, dizendo que jogar a dois trouxe uma diversão “old school” que anda meio rara hoje em dia.
O que falaram de Breakout em 1976
Já sobre o clássico de 1976, os comentários sempre giram em torno do impacto que ele teve. Muitos lembram que foi o jogo que abriu caminho para outros títulos baseados em quebrar blocos, e até para jogos casuais que viriam muito tempo depois. Jogadores veteranos recordam o quanto Breakout parecia difícil e viciante na mesma medida. Para alguns, foi o primeiro contato com a ideia de “entrar no flow” em um videogame.
Pura Nostalgia
De um experimento feito por dois jovens engenheiros em busca de espaço no mundo da tecnologia, até uma releitura moderna para o PS5, Breakout mostra como certas ideias são atemporais. A Atari, ao relançar o título, não está apenas apostando em nostalgia: está lembrando ao mundo que diversão não precisa ser complicada.
E talvez, se Steve Jobs estivesse vivo hoje, ele sorriria ao ver que aquele trabalho feito no início de sua carreira ainda faz parte da história dos videogames — e continua encantando novos jogadores.
