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SEGA Neptune do Brasil O console que a Sega nunca produziu será lançado em 2025 por Brasileiros.

Console SEGA Neptune brasileiro desenvolvido por Fábio Michelin

Sega Neptune do Brasil? Você lembra da primeira vez que ligou um Mega Drive? Daquela musiquinha da SEGA explodindo na TV de tubo? Dos cartuchos soprados, dos controles com fio enrolado e da emoção de vencer aquele chefe impossível? Pois é exatamente esse sentimento que o projeto Neptune quer resgatar — e elevar a outro nível.

Na Omelete Games Direct, tivemos o privilégio de ver a entrevista com Fábio Michelin, fundador da GamesCare e criador do Neptune, e com Salvador Marques, desenvolvedor do promissor Sword of the Apocalypse, um jogo feito especialmente para esse novo (velho) console. A conversa deixou claro: estamos vivendo uma espécie de renascimento da era de ouro dos videogames — mas agora, com selo brasileiro.

Neptune: quando o sonho da SEGA vira realidade pelas mãos de um brasileiro

O Neptune é uma peça de engenharia retrô moderna. Baseado no conceito de um console que a SEGA nunca chegou a lançar, ele une o hardware do Mega Drive com o 32X, mas em um só corpo, compacto, elegante e recheado de recursos que unem o passado ao presente.

A ideia nasceu da paixão de Fábio pelo Mega Drive — console que marcou uma geração de brasileiros. Mas ele não queria simplesmente lançar mais um clone. A missão era clara: criar uma experiência definitiva para quem ama o Mega Drive, com fidelidade e respeito ao legado.

Depois de um ano e meio de desenvolvimento só da placa, o Neptune ganhou forma. A carcaça foi projetada do zero, os componentes são todos pensados para garantir durabilidade e compatibilidade. O console traz:

Console SEGA Neptune brasileiro desenvolvido por Fábio Michelin
Imagem: Omelete
  • Saída HDMI em até 1080p, com reprodução fiel da imagem dos jogos originais
  • Entrada para cartuchos de Mega Drive e 32X
  • Slot para cartão SD
  • Conexão Bluetooth para controles modernos (controles 8btido, como o M30)
  • Loja online integrada (em desenvolvimento)
  • E, para os puristas, saída analógica para rodar na boa e velha TV de tubo

Fora essas especificações, sabemos também que o Neptune terá compatibilidade como Sega CD da SEGA, isso será algo incrível de se ver, pois os colecionadores poderão jogar seu Mega Zorde, em tamanho reduzido e jogar seu Sega CD sem complicações.

Ainda tem mais, o Neptune promete rodar jogos de Master System se usarmos o adaptador de jogos devido o tamanho do slot do cartucho e possivelmente jogarmos os jogos do Master através do cartão SD.

“É um console para quem quer preservar a história e continuar jogando como antes, mas com os confortos de hoje”, diz Fábio. Segundo ele, o Neptune já está funcional, com os testes avançando bem, e a ideia é disponibilizá-lo ao público ainda este ano de 2025.

E o melhor: o Neptune é feito no Brasil, com todo o cuidado que só alguém que cresceu soprando cartuchos sabe ter.

Sword of the Apocalypse: quando Ninja Gaiden encontra Streets of Rage

Sword of the Apocalypse para Mega Drive
Imagem: Games Care

Mas o Neptune não chega sozinho. Ele virá acompanhado de uma joia rara: Sword of the Apocalypse, um jogo criado especialmente para o console, desenvolvido por Salvador Marques, artista, programador e dev com DNA 16-bit.

O jogo começou como um experimento visual, mas cresceu, ganhou narrativa, trilha sonora, e uma engine própria — e hoje é um dos títulos mais esperados da cena homebrew nacional. A inspiração? Ninja Gaiden, Shinobi, Castlevania, Streets of Rage e outros clássicos do combate lateral, com pitadas de RPG, mitologia e um toque poético de destruição.

A ideia não era fazer uma simples homenagem. Salvador e sua equipe (hoje com 3 membros fixos e diversos colaboradores externos) estão criando um jogo que poderia ter sido lançado oficialmente nos anos 90, com gráficos, música e jogabilidade dignos dos melhores estúdios da época.

“Tem muito detalhe escondido”, explica Salvador. “Referência a anime, easter egg de jogo antigo, e até um bichinho que você pode acariciar no meio da fase — porque por que não?”

A programação é feita em Assembly, linguagem usada nos jogos originais do Mega Drive, com apoio de um especialista australiano que ajuda a otimizar cada linha de código para tirar tudo o que o console pode oferecer. Isso significa que o jogo roda como se fosse de 1994, com rolagem suave, sprites fluídos e música sintetizada no chip original.

A cena retrô brasileira está viva — e pulsando forte

O Neptune e o Sword of the Apocalypse são parte de um movimento maior: a cena retrô brasileira está mais ativa do que nunca. A nostalgia virou combustível para criar coisas novas com a alma dos anos 80 e 90. Seja restaurando cartuchos, lançando revistas impressas ou desenvolvendo novos jogos para consoles antigos, o Brasil se destaca pela paixão e criatividade.

Fábio e Salvador são exemplos de que é possível ir além do saudosismo. Eles estão construindo novas experiências autênticas, que respeitam o passado sem ficar presas a ele.

O Neptune promete ser o console que todo fã de Mega Drive sempre quis ter. E Sword of the Apocalypse tem tudo para se tornar um novo clássico — mesmo que seja um clássico “do futuro”.


Se você é do tipo que ainda guarda seus cartuchos, que gosta do cheiro de plástico velho misturado com poeira, que sente saudade da locadora e da revista com detonados, então fique de olho.

O passado voltou. E está mais vivo do que nunca.


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